terça-feira, 1 de novembro de 2011

Viagem na cultura de um povo!

Uma viagem de sonhos, um mergulho na cultura e na ancestralidade, um encontro com o passado, a grandiosidade de um povo, uma visita ao Peru é tudo isso e muito mais.
Minha viagem começou meses antes quando comecei a ler tudo o que podia sobre o País dos Incas, sua historia, sua cultura, seus costumes e meu encantamento só crescia por esse povo forte e com uma historia incrível de tantas conquistas e descobertas.
Chegamos ao Peru através de sua capital Lima, uma metrópole de contrastes de um lado a riqueza de uma cidade imensa (8 milhões de habitantes) e de outro a pobreza extrema típica de um pais terceiro mundista.


A grande Lima de shopping encravado num rochedo pendurado a beira mar e edifícios portentosos é tão interessante quanto a cidade dos índios ainda hoje representada nos rostos dos seus descendentes.
Lima é uma festa para os olhos. Um passeio pelo bairro de Miraflores é um deslumbramento, descobrimos uma livraria com o próprio dono atendendo e passamos horas arrastando um portunhol parecendo que éramos amigos de longa data, unidos pelo interesse comum dos livros e da historia do bairro. No coração de Miraflores existe uma praça chamada Parque Kennedy, ou simplesmente Ovalo de Miraflores, onde as pessoas se concentram ao redor de bares, teatros e casas noturnas da região. Na praça as pessoas podem comer um delicioso turrón, doce típico peruano, enquanto vêem grupos dançando músicas típicas, ou percorrem a feira de artesanato que funciona até a noite. Essa parte da cidade pulsa e a partir desse ponto central é possível percorrer outros pontos de interesse próximos. No final do passeio a Miraflores recomendo uma visita ao majestoso Shopping Larcomar, de deslumbrante vista para o Oceano Pacifico.
Não muito afastado de Miraflores fica a boêmia Barranco, com seu casario antigo e um clima de quem já saiu da ruidosa cidade grande, respira-se diferente em Barranco é um clima de alegria e festa em um barzinho enfumaçado com os amigos.
Lima tem parques que merecem uma visita, museus dos mais diversos, o Museu de La Nácion com certeza merece um passeio mais cuidadoso e uma visita a exposição permanente sobre a ditadura peruana é uma verdadeira aula de historia sobre o pais.
Deixando Lima seguimos direto para Cuzco, a capital do Império Inca e também conhecida como umbigo do mundo, pois era o centro de todo império que abrangia quase toda a America do sul.
Ao chegar ao Cuzco, o ar parece desaparecer, situada a mais de 3.000 metros acima do nível do mar, a cidade exige respeito dos incautos visitantes afoitos de suas belezas. Porem depois de algumas horas já começa a melhorar (se não existem pílulas para o Soroche – mal da altitude) e quando se olha ao redor você está rodeado de história por todos os lados, as pedras que você pisa são testemunhas do poder e da inteligência dos incas, sem ferramentas sofisticadas eles ergueram verdadeiras obras primas, apenas juntando pedra com pedra.
Após a invasão espanhola e a quase destruição do império, vemos as catedrais construídas com as pedras dos antigos templos incas. A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas. Freqüentemente, são justapostos edifícios espanhóis sobre as volumosas paredes de pedra construídas pelos incas.
Cuzco tem uma vida cultural muito rica. muitos museos que estão abertos a visitação com o Bilhete Turistico (que dá direito a vista a 10 atrações entre sitios arqueologicos a um show de dança folclorica) que se compra logo ao chegar a cidade, nem tente não comprar, as atraçoes só são acessiveis com ele. É um pouco caro mais vale a pena.



A vida noturna é impressionante são milhares de bares, restaurantes, a comida é espetacular, a culinaria peruana uma das mais respeitadas do mundo é um prazer aos olhos e ao estomago, nunca experimentei tantas sabores diferentes. O peruano é um povo que come muito bem, todas as refeições, não importa onde, do restaurante mais sofisticado aquela birosca para quando o dinheiro tá curto servem sempre uma entrada, um prato principal e a sobremesa. Sem falar no famoso Ceviche (prato feito com peixe cru e limão) famosa iguaria conhecida em todo o mundo.

A praça central é impressionante rodeada de catedrais e prédios imponentes, reúne gente de todo mundo, é incrível sentar num barzinho e parar um pouco e só ouvir, é sotaque que nem se consegue distinguir, alemão, frances, chinês, russo, inglês, português só o nosso, mas isso não impede de fazer amizades e trocar guias de turismos e tentar por meio de gestos e sorrisos uma comunicação que fica muito mais fácil depois de tomar alguns Pisco (drinque com uma espécie de cachaça que é patrimônio nacional). Além do Pisco recomendo também o refrigerante Inca Kola, uma bebida amarela ouro, parecendo algo radioativo que é doce e refrescante, tomei litros dela. 

Deixando Cuzco fomos ao Vale Sagrado em busca das ruínas de templos e cidades históricas. O Vale Sagrado dos Incas, nos Andes peruanos, está composto por numerosos rios que descem por pequenos vales; possui numerosos monumentos arqueológicos e povoados indígenas. O principal rio é o Urubamba.

Este vale foi muito apreciado pelos Incas devido a suas especiais qualidades geográficas e climáticas. Foi um dos principais pontos de produção pela riqueza de suas terras e o lugar onde se produz o melhor grão de milho no Peru. Das diversas cidades que compõem este vale os seguintes lugares são os mais impressionantes: Sacsayhuaman (provavelmente uma fortaleza, em forma de puma, tem pedras que pesam toneladas), Kenko, Tambomachay, Písac, Ollantaytambo, e terminando em Chinchero (onde o visitante é presenteado pela mais bela vista do por do so de todo o continente e por uma apresentação feita pelas mulheres locais sobre como tecer lã de alpaca e lhama e ainda usar tintura natural para dar cor a esses tecidos).


Deixando Cuzco, e todo seu encanto de lado o destino agora era àguas Calientes, povoado sem grande atrações, cuja finalidade é servir de pouso para os visitantes que então em direçaõ de Machu Picchu (principal objetivo de nossa viagem).

Na manhã seguinte com o sol ainda descansando saimos do pegueno hostal em direção a estação para tomar o ônibus que nos levaria ao cimo do monte. Uma viagem sinuosa, cheia de curvas e desfiladeiros chegamos ao logal onde iriamos dar inicio a subida com um guia e varias outras pessoas, amigos que fomos fazendo ao longo da viagem. Depois de muita subida e muita pedra, as nuvens ainda encobrindo o sol, o frio castigando, a neblina encobrindo as montanhas, de repene o guia pede que todos parem e fiquem só observando (confesso que não estava preparado para o que vi) as nuvens começam a desaparecer e lá está ela, encravada perigosamente em cima da velha montanha, Machu Pichu, a cidade sagrada dos Incas (queria ter cem vidas pra de novo poder ver Machu Picchu pela primeir vez).

Andar por aquelas ruas, sentir aquele ar, saber que centenas de anos um inca pisou aquelas pedras que ainda estão lá, magestosas e deslumbrantes é uma sensação impar, Machu Picchu é magica, é eterna, é um lugar onde até pela proximidade, por está tão mais perto do céu, você sente que está mais perto da divindade. Depois de passar o dia inteiro vagando pela cidade é hora de voltar, coração apertado, olhos marejados, deixei a cidadela com a promessa de logo, logo, voltar.
O Peru é assim um lugar idilico e cheio de contradições, vale a pena visita-lo e se deslumbrar com todas as suas histórias, suas culturas, seu povo hospitaleiro, me senti em casa nos 15 dias que passei por lá.

 

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