domingo, 6 de novembro de 2011

As Grandes Divas do Brasil

Emilinha Borba



Nasceu no Rio de Janeiro, à Rua Visconde de Niterói, na Vila Savana, bairro de Mangueira. Filha de Eugênio Jordão Borba e Edith da Silva Borba. Com a família de seis irmãos, dentre os quais, José, seu irmão gêmeo, passou grande parte da sua infância em Mangueira. Em seguida, mudou-se com a família para o bairro de Jacarepaguá. Desde menina gostava de cantar e imitar as grandes cantoras do rádio, como Carmen Miranda. Em 31 de agosto de 1957, casou-se formalmente com Artur Sousa Costa, corredor automobilístico e filho do Ministro da Fazenda do governo Getúlio Vargas. Com ele teve seu único filho, Artur Emílio. Em 2005, sofreu um acidente caseiro que a fez ficar internada no CTI. Recuperou-se após alguns dias de internação retornando à sua casa. Faleceu em outubro desse ano após sentir-se mal durante o almoço. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Marlene




De origem humilde, foi interna no Colégio Batista Brasileiro, de São Paulo, dos quatro aos 17 anos. Trabalhava ali mesmo para custear seus estudos e sempre representava a escola nas competições esportivas intercolegiais. Também costumava cantar nas festinhas promovidas pela escola. Foi casada com o ator Luís Delfino. Em 1954, passou a estudar balé, não profissionalmente, apenas para manter a forma. Considerada uma das grandes divas da era do rádio e dos auditórios.


Linda Batista




Filha do humorista e ventríloquo João Baptista Júnior e de Emília Grandino de Oliveira, de tradicional família paulista. Nasceu no bairro paulistano de Higienópolis. Na verdade, seus pais já moravam no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas a avó materna, Dona Florinda fazia questão que todos os seus netos nascessem em sua casa. Foi lá que nasceram Odete (sua irmã mais velha), ela (que recebeu o nome da avó) e Dircinha (a caçula). O pai, que era capaz de imitar 22 vozes sem abrir os lábios, resolveu ir para o Rio de Janeiro, já que na capital federal encontraria mais perspectivas de trabalho. Tratou de educar as filhas nos melhores colégios. A pequena Florinda fez seu curso primário no tradicional Colégio Sion. Aos 10 anos, já estudava violão com Patrício Teixeira e, nessa época, compôs sua primeira música intitulada "Tão sozinha". Ainda menina, costumava ser levada pela empregada da família à gafieira "Corbeille de Flores", que ficava perto de sua casa. Concluiu o ginásio no Colégio São Marcelo e, em seguida, iniciou cursos de contabilidade e de corte e costura. Em 1937, casou-se com Paulo Bandeira, mas separou-se poucos meses depois. Tinha uma personalidade carismática, temperamental e excêntrica. Seu pai faleceu em 1943, o que provocou um pequeno interrompimento em sua carreira. Em 1959, recebeu da UBC e da Sbacem o troféu Noel Rosa. Na década de 1960, começou a afastar-se embora muito sutilmente da vida artística. Nos anos 1980, parou de trabalhar, recolhendo-se à companhia das irmãs, em seu apartamento no bairro carioca de Copacabana, o último bem imóvel que lhes restou. No fim da vida, passaram por dificuldades financeiras, tendo sido auxiliadas pelo cantor e fã José Ricardo.


Dircinha Batista


Filha caçula do ventríloquo, cantor e compositor Baptista Júnior e irmã da também cantora Linda Batista. Começou a conhecer música com sua mãe, Emília Grandino de Oliveira, conhecida como D. Neném, que cantava para ela as músicas da época. Seus pais mudaram para o Rio de Janeiro antes de suas filhas nascerem. Desde muito pequena demonstrou pendores musicais. Aos quatro anos iniciou a alfabetização no Grupo Escolar da Praça José de Alencar. Um ano depois foi para o Colégio Sion. Estudou ainda nos colégios São Marcelo e Ateneu São Luís, todos eles prestigiados colégios do Rio de Janeiro. Em 1943, seu pai faleceu, o que levou a um enterrompimento momentâneo de sua carreira, que sempre tivera o incentivo e apoio dele. No final dos anos 1960 foi se afastando gradativamente da vida artística. Nos anos 1970, passou a viver recolhida com as duas irmãs em um apartamento em Copacabana. Nos últimos anos de vida, especialmente após a morte da irmã Linda Batista, foi acometida de profunda depressão e foi levada pelo cantor José Ricardo, que deu apoio as irmãs que passavam por dificuldades financeiras, para o Hospital psiquiátrico Doutor Eiras, onde faleceu de parada cardíaca.

Dalva de Oliveira



Filha mais velha de Mário de Oliveira e Alice do Espírito Santo. Além dela, os pais tiveram mais três meninas, Nair, Margarida e Lila e um menino que nasceu com problemas de saúde e morreu ainda criança. Seu pai, que era conhecido na cidade pelo apelido de Mário Carioca, era marceneiro e músico nas horas vagas, tocava clarinete e costumava realizar serenatas com seus amigos músicos, chegando a organizar um conjunto para tocar em festas. A pequena Vicentina gostava de acompanhá-lo nessas serenatas. Viviam de forma bastante modesta e quando ela tinha apenas oito anos, sofreram um duro golpe familiar: Mário faleceu, deixando a esposa com quatro filhos para criar. Dona Alice resolveu, então, tentar a vida na capital paulista, onde arrumou emprego de governanta. Conseguiu vaga para as três filhas em um internato de irmãs de caridade, o Internato Tamandaré, onde Vicentina chegou a ter aulas de piano, órgão e canto. A menina ficou lá por três anos, até ser obrigada a sair, devido uma séria infecção nos olhos. Nessa ocasião, a mãe perdeu o emprego, pois os patrões não aceitaram a presença da menina. Dona Alice conseguiu emprego de copeira em um hotel e Vicentina passou a ajudá-la. Trabalhou então como arrumadeira, como babá e ajudante de cozinha em restaurantes. Depois, conseguiu um emprego de faxineira em uma escola de dança onde havia um piano. Transferiram-se para o Rio de Janeiro em 1934, onde foram morar à Rua Senador Pompeu, numa "cabeça-de-porco", segundo a própria cantora. Nessa época, a família já estava novamente reunida pois as irmãs voltaram a morar com a mãe. Casou-se com Herivelto Martins em 1937, com quem teve seus dois filhos, Pery e Ubiratã :o primeiro tornou-se cantor, sendo conhecido como Pery Ribeiro e o segundo trabalhou em televisão como "camera man" e depois produtor de programas televisivos, como o "Fantástico", da TV Globo. Separou-se de Herivelto Martins em 1947, iniciando uma batalha de ofensas mútuas muito explorada pela imprensa da época. No início da década de1950, casou-se com o argentino Tito Clement, adotando uma menina, Dalva Lúcia. Foi morar com ele em Buenos Aires. Separaram-se em 1963, ano em que retornou ao Brasil. Casou-se depois com Manuel Nuno Carpinteiro, modesto rapaz muito mais moço que ela. Sofreu, ao lado de Nuno, grave acidente automobilístico em 1965, sendo obrigada a abandonar a carreira por alguns anos. No início dos anos 1970, foi morar em uma confortável casa no bairro carioca de Jacarepaguá. Faleceu em 1972, vítima de hemorragia no esôfago.

Isaurinha Garcia



Paulistana do bairro do Brás, nasceu na Rua Alegria. Sobrinha do famoso pintor José Pancetti. Ainda menina, ajudava na loja da família, engarrafando vinho. Foi lá que começou a demonstrar o seu talento musical, pois, enquanto envasava as garrafas, ia cantando. A mãe resolveu então levá-la a um programa de calouros, quando ela tinha 13 anos. Era o programa "A Hora da Peneira Rhodine", da Rádio Cultura, onde foi eliminada. Fez nova tentativa um ano depois, em 1937, na Rádio Record, no programa de Otávio Gabus Mendes, onde interpretou "Camisa Listrada", obtendo o primeiro lugar. Foi casada com o pianista e organista Walter Wanderley, com quem viveu uma atribulada vida em comum e por quem sempre se mostrou publicamente apaixonada. Da união resultou uma única filha, Mônica. Recebeu de Blota Júnior o slogan: "Isaurinha, A Personalíssima", que acabou batizando o seu primeiro LP. Morou por toda a vida na capital paulista, onde faleceu em julho de 1993.
Angela Maria


 Em 1948, saiu de casa aos vinte anos para cantar no Dancing Avenida. Foi descoberta pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira que a levaram para a Rádio Mayrink Veiga. Iniciou sua carreira profissional cantando em diversos programas radiofônicos com o pseudônimo de Ângela Maria, para que a família não descobrisse. Participou de vários deles, entre os quais "Pescando estrelas", de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil; "Hora do pato", de Jorge Curi, na Rádio Nacional; "Trem da alegria", dirigido pelo Trio de Osso - Iara Sales, Lamartine Babo e Héber de Bôscoli -, na Rádio Nacional, e "Papel carbono", de Renato Murce, na Rádio Nacional, além do famoso programa de Ary Barroso, na Rádio Tupi. Em sua primeira apresentação na rádio, esqueceu a letra, saiu do ritmo e, quase aos prantos, cantou o samba-canção "Fuga", de Renato de Oliveira. Pensou que perderia o emprego, mas a produção lhe deu o prazo de uma semana para criar um repertório próprio e deixar de imitar Dalva de Oliveira. Daí em diante, começou a revelar seu talento e originalidade. Estreou em discos em 1951, gravando pela RCA Victor os sambas "Sou feliz", de Augusto Mesquita e Ari Monteiro, e "Quando alguém vai embora", de Cyro Monteiro e Dias da Cruz. No mesmo ano, gravou os boleros "Sabes mentir", de Oton Russo, e "Recusa", de Herivelto Martins, e os sambas "Segue", de Paulo Marques e Ailce Chaves; "Meu coração", de Augusto Mesquita e Jaime Florence, e "Meu dono, meu rei", de Cyro Monteiro e Cândido Dias da Cruz. Nesse ano, sua gravação do samba "Não tenho você", de Paulo Marques e Ari Monteiro, bateu recordes de vendagem e lhe valeu o início de uma fase de grande sucesso.
 Ps. A escolha das Divas foi minha, no meio de muitas, eu gosto dessas, mas, a fonte é: http://www.dicionariompb.com.br/
As fotos são de dominio público.



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