quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL PARA TODOS


A mais linda mensagem de NATAL que eu já vi!
FELIZ NATAL PARA TODOS!!!!!

Maitê X Montenegro em "As lágrimas amargas de Petra Von Kant" por Nildo Correia

Pode acreditar, já se passaram 30 anos desde que Renata Sorrah e Fernanda Montenegro subiram ao palco para a primeira apresentação da histórica montagem de ‘As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant’, baseada na obra do dramaturgo e cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder (1945-1982) e dirigida por Celso Antunes, em 1982.
Para marcar o aniversário do espetáculo e os 30 anos de morte do autor, Maitê Proença viverá a protagonista da obra, uma estilista que tem um caso com uma aspirante a modelo, interpretada por Gisele Batista, em uma sessão de leitura interpretativa do livro, dentro da programação da 20ª edição do Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, pioneiro na divulgação da produção artística homoafetiva.
Além da dupla de protagonistas, também estão no elenco Alexia Dechamps, Karen Coelho, Selma Lopes e Stela Celano, todas dirigidas por Lucianno Maza, que também aparece na ficha técnica do espetáculo como idealizador do projeto. A apresentação vai rolar no dia 29 de novembro, às 21h, no auditório do Centro Cultural Cândido Mendes, em Ipanema, e, o melhor de tudo, a entrada será gratuita. Mas para garantir seu espaço na plateia é preciso chegar cedo: as senhas-ingresso serão distribuídas uma hora antes do início da leitura.

Revivendo a história em filme



A inexistência de um homem em cena, a não ser na pintura mitológica de Nicolas Poussin (que retrata Midas e Baco e enfeita o ambiente), com expresso interesse em dissecar modulações de comportamentos femininos, logo facilita a comparação: o cineasta bávaro Rainer Werner Fassbinder poderia muito bem ter bebido, ao criar o longa As lágrimas amargas de Petra von Kant, do universo do alto especialista das personagens femininas George Cukor (célebre pelo sessentista Minha bela dama e por As mulheres, de 1939). Facilidade, entretanto, não é palavra que combina com o mais proficiente dos autores de cinema alemão, que, morto há quase 30 anos, parece coexistir com os colegas, ainda bem vivos, Werner Herzog e Wim Wenders. Adaptação de um texto teatral de autoria própria, As lágrimas amargas de Petra von Kant, que finalmente saiu em DVD, comprova a longevidade da obra.
Referência com mais sentido, ao decifrar o filme de 1972, estaria em alinhá-lo com Douglas Sirk (pelo preciosismo imagético e pela, no caso dele, comedida pitada de melodrama). “Nós apegamos mais à importância do prazer do que à fidelidade”, conta a protagonista (Margit Carstensen), em torno da relação falida com o ex-marido, logo de partida. A impiedosa passagem do tempo, ainda mais sublinhada no desfecho (em que Petra não celebra o aniversário) e uma percepção tardia de valores pessoais deturpados (daí, parte do paralelo com a ganância estéril de Midas) trarão consequências para tal hedonismo.
Numa vida confortável, Petra, que é dona do prestígio de ser uma renomada estilista, vive de um glamour oco e se alimenta da sádica dominação exercida sobre Marlene (Irm Hermann), tratada como uma subserviente. Saído da experiência de fundar um movimento batizado de Antiteatro (na companhia de atores como Kurt Raab e Hanna Schygulla), o diretor alemão, cooptado para o audiovisual, na turbulência dos anos de 1968, oferece um espetáculo muito próximo daquele proposto pelo dramaturgo Henrik Ibsen, na inesgotável mesquinhez da personagem-título Hedda Gabler.
Transbordante e irado, o discurso se distancia do compromisso social mantido por Fassbinder com o compatriota Bertold Brecht. Manipuladora, Petra (já encenada magistralmente nos palcos nacionais por Fernanda Montenegro) parece atrair para o covil do quarto (o único espaço cênico, por sinal) criaturas da própria laia, à exceção da filha e da mãe dela, essa desavisada da “peculiaridade” de ter gerado uma descendente lésbica.
Em posição de comando e de pretensa superioridade, lânguida, Petra cria, em torno de si, uma atmosfera de desfile: sem os desdobramentos de uma real interação, convivem com ela, a amiga Sidonie (Katrin Shaake), madura e plena de dissimulação, e Karen (Hanna Schygulla), dona de uma beleza demoníaca e a postos para se render ao “aprendizado do prazer feminino” propalado por Petra. Sobrevivente de série de experiências fúnebres, Karin sinaliza certa redenção para von Kant.
Manequins animados Diretor de fotografia talhado pela arte de Fassbinder, Michael Ballhaus (que depois se estabeleceu na trupe de Martin Scorsese) sabe tirar proveito de um plano estático — no qual, em cena, meros manequins parecem duelar com a anima reinante — e afirmativo para a tensão enervante aliada à violência mais psicológica defendida pelo mestre germânico.
É interessante notar que o filme foi lançado em clima culminante para a esfera pessoal de Fassbinder, recém-divorciado de uma mulher (mesmo sendo, assumidamente, homossexual). Inusitada, com direito a Smoke gets in your eyes (The Platters) e The Walker Brothers, além de contemplar Verdi, a trilha sonora acirra a capacidade de desnortear, no provocativo filme em que o texto chega a exaltar a existência de “negros de feição europeia”.
Sem a postura aguerrida, protuberante em filmes de temática gay como O direito do mais forte (1975) e Querelle (1982), o diretor — que viria a morrer por overdose de cocaína, aos 37 anos, uma década depois — deixa entrever uma certa afetação e uma dose de perturbação histérica (injetada nas personagens), no filme que se revela um ensaio sobre a dissolução do amor. No universo da disciplinada Marlene, uma aparente redoma defende e dá chão para a controladora Petra, que enuncia: “Se você compreende alguém, não há porque ter pena dessa pessoa”.
Com homenagem direta ao clássico A malvada (de Joseph Mankiewicz), o cineasta reveste a protagonista de mimetismo (até físico), num recurso que evidencia a fase crítica (e interna) do desmoronar da condição extremamente cartesiana à qual sempre se pegou. Uma realidade de privação, definitivamente, ameaça a desesperançada protagonista, pronta para rever certezas rudes como a de que “as pessoas são duras e brutais —, todo mundo pode ser substituído”. Com habilidade, o diretor desestabiliza tais certezas.
 

Ciscos - Pedro Lucena


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Maceió terá enfim sua primeira megastore


 
“Os tempos estão mudando”, já dizia o bardo americano Bob Dylan. Mudanças que, aliás, nem são tão recentes assim – o processo nos acompanha há mais de uma década e o declínio das livrarias tradicionais que frequentávamos há cerca de 15 anos está associada, entre outros fatores, à progressiva decadência do Centro da capital. Outrora voltados à socialização e à discussão de temas de interesse comum, estabelecimentos como a Livro 7, a Segal e a Caetés, entre outros, foram perdendo público, até fechar suas portas em definitivo. Estado com o maior índice de analfabetismo do Brasil, Alagoas não é exatamente um lugar propício para o mercado livreiro. Mas se por um lado há quem argumente que a internet foi decisiva para a derrocada das livrarias físicas, por outro existe a turma que acredita ser apenas uma questão de tempo para que os livros digitais substituam os impressos. No fim das contas, todo esse exercício de futurologia é muito chato e cansa a beleza de qualquer cidadão.

Certo mesmo é que dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a quantidade de cidades com livrarias caiu 21,15% no país. A mesma pesquisa também mostra que, entre 1999 e 2006, cresceu em 178% o número de municípios com provedor de internet, e em 103% o dos que contam com ensino superior. Mas, contrariando as previsões catastróficas de profetas e ‘especialistas’, grandes redes continuam a investir em projetos de expansão de livrarias físicas, sobretudo nas capitais nordestinas – nas quais os conglomerados enxergam um mercado promissor.

Nossos vizinhos pernambucanos, por exemplo, contam com filiais de redes como a Saraiva e a Cultura há quase uma década. Em 30 de outubro último, inclusive, a Livraria Cultura inaugurou uma segunda loja no Recife. Instalada no RioMar Shopping, no bairro do Pina, zona sul da cidade, a nova unidade aposta na segmentação de públicos, e por isso criou espaços específicos para adolescentes e geeks (os jovens ligados em tecnologia, eletrônica e jogos).

http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=214233

A fotografia do meu antigo amor dançando tango - Diego Moraes



Em seus diálogos, Diego Moraes atinge a perfeição entre imagem e ritmo. Só que esta perfeição não foi alcançada no estudo das peças de Beckett, mas assistindo aos filmes da Sessão da Tarde, a partir dos quais Moraes esmerilhou sua esgrima fraseada repleta de interrupções. Moraes escreve para se vingar – de ex-namoradas, de antigos e novos desafetos. E a vingança é o melhor combustível para a escrita. Sobretudo para Diego Moraes, que é um sujeito deliciosamente paranoico – ótima qualidade para um escritor. Tanto que você não gostaria de têlo como vizinho. Mas, obviamente, adorará têlo na prateleira de sua biblioteca. O que temos então em Fotografia do meu amor dançando tango é uma colagem híbrida de narrativas que passeiam entre a Sessão da Tarde e a literatura consumida às pressas. São narrativas curtas, nas quais o autor não perde tempo com descrições, preferindo ir direto ao centro do tumulto no qual suas personagens respiram.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PARA ALÉM DA LEITURA



PARA ALÉM DA LEITURA


Organizada pela escritora Arriete Vilela, a antologia de contos tem lançamento nesta terça-feira (11) no Maikai, no Stella Maris. Resultado do trabalho realizado pela autora de Lãs ao Vento na Oficina de Leitura e Escrita Criativa, o volume reúne textos de nove autores. O evento tem início às 19h30.


Maikai Choparia. Rua Eng. Paulo Brandão Nogueira, s/n, Jatiúca. No dia 11 de dezembro, a partir das 19h30. Aberto ao público.



(GAZETA DE ALAGOAS)

Para além da Leitura: antologia será lançada no dia 11 de dezembro em Maceió



Um psicólogo, uma jornalista, uma bailarina, uma psicanalista, um funcionário público, uma médica, uma advogada, uma especialista em língua portuguesa e literatura brasileira, e uma engenheira química. Foi a paixão pela literatura que reuniu profissionais de áreas tão distintas em torno do que parecia sonho: estar pela primeira vez do outro lado, ser o autor da obra.
 
Integrantes dos Grupos de Leitura e Escrita Criativa, organizados pela poetisa e escritora Arriete Vilela, os profissionais tiveram que buscar suas próprias referências e superar os obstáculos da criação para poder quebrar a barreira entre o artista e o apreciador e, enfim, ter sua própria literatura publicada em ‘Para além da leitura’.
 
A antologia de contos, cuja organização é assinada por Arriete Vilela, reúne 17 textos de nove autores diferentes.
 
A proposta apresentada por Arriete Vilela ao grupo, como descrita pela professora doutora em Literatura Brasileira, Vera Romariz, na orelha do livro, proporcionou o exercício que exigia dos seus integrantes um passo além da leitura. “Mais que ler, os aprendizes desse tecido linguístico-literário, onde se inscreve a forma do conto, precisam exercitar o ofício, aperfeiçoa-lo até... sempre.”
 
Assinam os textos: o psicólogo Adalberto Souza, a jornalista Clarissa Veiga, a bailarina Eliana Cavalcanti, a psicanalista Gilvaneide Mota, o funcionário público Hamilton Lessa, a médica e professora Janira Lúcia A. Couto, a advogada Marialice Loureiro, a especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, Mônica Oliveira, e a engenheira química Patrícia Gatto.
O livro conta ainda com apresentações do professor e poeta Otávio Cabral e da professora doutora em Literatura Brasileira, Maria Heloisa Melo de Moraes.

SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do livro PARA ALÉM DA LEITURA (Para Além da Leitura)
QUANDO: dia 11 de dezembro, às 19h30
ONDE: Maikai, Stella Maris.
MAIS INFORMAÇÕES: Clarissa Veiga (9684-1271), Eliana Cavalcanti (9910-4800), Gilvaneide Mota (9922-9755), Arriete Vilela (8859-0181 ou 9126-5049).

http://www.alagoastempo.com.br/noticia/31634/cidade/2012/12/06/para-alem-da-leitura-antologia-sera-lancada-no-dia-11-de-dezembro-em-maceio.html