quinta-feira, 15 de março de 2012

Solidão coletiva - Oswaldo Montenegro



Todo mundo é sozinho
Ninguém cantando esta só
O paradoxo é o caminho
Pra se livrar desse nó
Disse o bluesman: Que se foda!
Disse o xamã: Levitar!
Disse o bebum: Mundo roda
Sem se sair do lugar
Se essa paixão é doença
Pra quê que eu quero curar?
Quem sente forte dispensa
Não adianta pensar
Cada mulher é irmã
Da que não sabe onde está
Gente que é doida ta sã
Se conseguir se alegrar
A obstinência é uma tara
A encruzilhada é uma dor
Toda alegria é tão rara
Que se parece com amor
Nem tudo é fogo, se arde
Nem todo ouro reluz
Nem todo adeus chega tarde
Nem toda estrada conduz
Cada pessoa à sua frente
Sempre é igual a você
Seja soldado ou tenente
Seja escrava ou poder
Tem sempre a hora do medo
Tem sempre a hora da paz
Vou te contar um segredo
Nunca o amor é demais

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