A loja de móveis de Milão 56th Studio acabou de lançar uma linha de cadeiras inspirada
em personagens com quem convivemos há alguns anos. As peças com elementos que
lembram a família mais engraçada e que não envelhece (Bart Simpson está na mesma
série há 21 anos…), Os Simpsons, exploram a principal característica física de
cada personagem. De bater o olho já dá para saber quem é. Uma única cadeira
destas já vai dar uma animada na sua sala com certeza.
Blog do Beto, feito pra compartilhar filmes, livros, poemas, músicas, enfim, as coisas boas da vida.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Filme: A Árvore do Amor
Jing, uma inocente estudante do ginásio, é enviada para uma remota aldeia para “reeducação” durante a Revolução Cultural. Com seu pai preso como “direitista” e a família posta à margem, Jing sabe que seu futuro e de sua família dependem de como ela se comportará aos olhos das autoridades. Um movimento errado e suas vidas podem ser destruídas. Mas ela se apaixona por Sun, o filho de um General. Devido a diferença de suas posições sociais, o romance entre os dois é impensável e perigoso, mas a atração mútua é irresistível.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Oração à Nossa Sra. do amor de uma mão só - Xico Sá
O amor sempre tem uma mão só, mão única, o resto é contramão e, de repente, acidentes, como diria Carl Solomon, meu dadaísta do Bronx predileto.
O amor tem uma mão só. E não estamos falando,amigo, daquela máxima do Woody Allen sobre a masturbação: seria a melhor forma de fazer amor com a pessoa que você mais ama.
Tratamos do amor mesmo, o dos pombinhos, na sua forma mais óbvia e verdadeira. Daí repito: o amor sempre tem uma mão só. Mesmo quando é correspondido, nunca o é por inteiro –sempre um ama mais do que o outro. Eis o grande suspense hitchcockiano da existência.
Daí esta oração para ser lida em voz alta, por você, macho ou fêmea, que se acha injustiçado(a), nós que nem Nossa Sra. desata:
Nossa Sra. dos que Amam Sozinho ou amam mais que o outro, perdoa-me pela insistência, nem mais é por tanto querê-la, é por deixar claro, moça que sopra das intimidades dessa oração, que só ela me faz passar da conta, perversa, me faz cair no abismo mais lindo do gozo sem volta, como naquele encosto de beira de estrada, como na rodovia estrangeira de Sam Shepard, crônicas de motel, simbora!
Nossa Sra. dos que só pensam nela, cotovelos lanhados de tanta espera, tantos sustos nas ruas, nos bares, “é ela!!!”, Nossa Sra. Dos Cotovelos da Surpresa e das janelas, tão gastos, cinzas, peles, dobras, e tanta fome de viver aqui dentro, megalomaníaco, épico, terá sido a força do desprezo???
Não creio, sr. Albero Moravia, meu guru romano de tantos conselhos amorosos.
É mesmo a paudurescência, nostalgia precoce das grandes histórias, o tempo inteiro, pensando, pensando, pensando, nela.
Os joelhos lanhados pela romaria, devoção e insistência. A santa padroeira que chora sangue na voz serena de Junio Barreto.
Nossa Sra. da Vida Alongada, Nossa Senhora da Yoga que deixa o corpo dela piscando na parte que me toca.
Amor demorado, anjo exterminador da alcova.
Amor por tê-la, rara.
Beijá-la delicadamente, como um católico que dissolve na boca uma hóstia, um evangélico que fala a língua de pentecostes, um judeu ortodoxo, como este aqui passa agora na frente do meu predinho antigo.
Amar por horas, riachinhos d´águas que não se sabem donde, cada cantinho dum mapa que se inventou só pra se perder depois, sentimento é a verdadeira bússola dum homem, perdido docemente lá embaixo, lá embaixo daquelas tuas vestes modernas que nunca te escondem.
Lua cheia, vida minguante.
Escuto “Le Déserteus”, do velho Boris Vian, ouviste?.
Nossa Senhora dos que sentem muito e amam sozinho, rogai por nós que recorremos a vós!
O amor é mesmo uma rua estreita, que mesmo com todo progresso e planejamento urbano de 2046, sempre terá uma mão só. Engarrafada. Sem saída.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
A Fresta - Nilton Rezende
Olho de céu, o menino escuta, varrendo o terreiro e sentindo a vassoura parar de repente. Olha de lado, num sobressalto; olha para trás, acima, e vê a prima segurando firme o cabo, enquanto se agacha. Segura o rosto dele, emoldurando-o com as duas mãos. Afasta-se um pouco, enquanto olha-o, tirando o seu rosto da sombra e lançando-o ao sol. Ele fecha os olhos, mas ela pede que os abra. Ele obedece, lento, as pálpebras trementes, a mulher à sua frente, metade do corpo recortado contra a luz, os braços estendidos e afagando sua cabeça: Parece um anjo. Recoloca-o então na zona de sombra e descanso, enquanto beija sua testa: Você tem olho de céu. Olha para o alpendre: Ele está cada dia mais lindo, prima.
E trabalhoso, a mãe fala e desce os degraus para abraçá-la. Aponta para o homem de costas, que tira os volumes da mala do carro: Grandão. A outra corre até o homem e abraça-o por trás, virando-o: A prima. Ele sorri, coloca o galão de vinho no ombro e caminha até os degraus: Tomar vinho. Nosso Senhor derrama sangue e a gente bebe vinho, fala e ri. A mulher dá-lhe um tapa nas costas e ri logo em seguida. Ele pára no último degrau, olha para trás: A beleza é de família? As duas gargalham e vão pegar as coisas do carro. Entram na casa.
A manhã inteira é a cozinha em preparações. No almoço, o menino toma suco de uva. Por enquanto você toma só isso, diz o homem e coloca o braço no ombro dele. Mais tarde você vai provar mais coisa, que tem muita delicia nesse mundo pra quem sabe apreciar, e ri e pisca para as mulheres.
Vocês deviam passar a noite aqui, a mãe fala. A prima diz que o homem vai trabalhar no sábado de manhã. Mas Sábado de Aleluia? E a outra fala que pra vigilante não tem feriado, no Sábado de Aleluia também se rouba. A mãe consente, dizendo logo depois que de qualquer jeito será uma pena, porque ninguém costuma aparecer no sítio, e é uma tristeza ficar sozinha ali.
Mas a gente tem a tarde toda pra se divertir, diz o homem, levantando-se e tirando a camisa. Vai à cozinha e volta com uma garrafa de vinho: Este é um pouquinho mais forte. A mãe toma de um gole o restante do vinho que está no copo e estende a mão: Então tô lascada. Ri. Tá nada, diz o homem, enchendo o copo dela. Estamos, diz a outra, gargalhando. In vino veritas!, diz o homem, levando o copo à boca. O vinho diz a verdade, explica às mulheres.
A mãe afasta a cadeira do menino, mandando-o ir catar as mangas caídas, levar as moles para o galinheiro e colocar as mais duras no cesto. E depois ir ver se alguma fruta-pão caiu do pé, no terreno depois do riacho. Deixe-as em cima da pedra e cobertas com folha, pra irem pegar depois; traga apenas duas. Diz isso e dá uma tossida, engasgada no riso por causa da dança que o homem faz agora, imitando o cabeleireiro da prima. Vai para o quarto e retorna envolto em um lençol como uma saia, uma toalha enrolada na cabeça. A mãe engasga-se e cospe o vinho na parede. A prima se levanta para lavar a parede, mas é repreendida: Hoje não! Aponta para o homem: Dança. Olha para o menino: Já voltou!?
Ele sai, em meio aos risos e gritos dos três. Cata as mangas, distribui-as entre o galinheiro e o cesto. Ao atravessar o riacho, escolhe um ângulo por onde veja a face refletida e olha um momento para si, buscando ver nos olhos a mesma cor do céu atrás de sua cabeça. A luz mostra-se em pequenos pontos por entre o cabelo, os cachos dourados.
Levanta-se, vai até as frutas-pão caídas. Passa as palmas das mãos na superfície crespa do fruto, esfrega-as, forçando quando no centro da palma. Aperta mais forte, e a base de uma das mãos afunda no lado podre do fruto, úmido e amarronzado, que estivera virado para o chão. Pega areia, esfrega os dorsos, as palmas; esfrega-os no mato. Recolhe as frutas caídas e coloca-as sobre a pedra ao pé do morro, numa pirâmide que logo resvala. Desiste do empreendimento e as dispõe uma ao lado da outra. Cobre-as com folhas verdes, que retira dos arbustos. Cobre-as lento, tentando ocultar toda a crespância esverdeada. Sobre as folhas, deita pedaços de galhos, uma fortaleza de ramos ocultando o tesouro.
Na volta, agacha-se mais uma vez no riacho, mas agora há um céu avermelhado, com línguas de fogo cortando as nuvens, uma fogueira por trás de seu cabelo, como se o próprio menino estando em chamas. Levanta-se. Acelera o passo.
À casa, subindo os degraus, escuta as risadas, mas agora mais baixas, vindo de dentro do quarto. Põe-se na ponta do pé e espia por uma frincha na janela. O homem beija e alisa com a língua o joelho de uma mulher de pernas abertas, enquanto toca a mão nas carnes em meio aos pêlos, esfregando os dedos e forçando-os na entrada. Ainda mexendo com os dedos, ele sobe a língua até os peitos dela e chupa-os. A mulher coloca a mão no negócio dele, que está duro. O menino encosta-se à parede, pressionando o corpo e esfregando-se. O homem deita-se e a mulher se agacha para tocar a língua no negócio dele. A prima é que toca a língua no negócio do homem e bota na boca-o, chupa-o. Tenha vergonha!, ele escuta alguém dizer, ao mesmo tempo em que sente algo bater-lhe na cabeça. Algo duro e frio que lhe deixa a testa úmida e agora morna. Algo morno escorre em seu rosto, enquanto desferem-lhe tapas seguidos, muito fortes, conjugados com a voz da mãe, que ora grita ora sussurra, como quando pára os tapas e aperta os cotovelos sobre as costas dele, forçando-os mais forte ao tomar seus cabelos e puxá-los, para voltar a gritar que ele tinha que ter vergonha, e que nem trouxe o que lhe pediu, então ele tenta dizer que esqueceu, mas o rosto, pressionado contra a areia, porque rolara pelos degraus, não lhe dá condição de articular as palavras, e em sua boca a frase limita-se apenas à sibilância das sílabas, conseguindo abrir-se num arfar quando a pressão diminui no mesmo instante em que ouve a prima gritar para parar com aquilo. Você vai matar o menino! A mãe anda trôpega até a lateral da casa, e vê-se apenas ela curvando-se, uma mão na barriga e outra parecendo que vai à boca, o corpo tremendo. Volta aliviada. O homem desce da casa trazendo uma bacia com água, uma toalha sobre o braço. A mãe olha para os dois: Desculpa, gente. Desculpa. Entra à casa. O homem coloca a bacia no chão, à frente do menino. Colhe da água com as mãos em concha, jogando-a sobre o rosto dele. Lava-o. Na bacia, o menino tenta ver os olhos e o céu, mas abre-os com dificuldade, e agora, na água suja de areia, todos são da mesma cor avermelhada. O homem enxuga seu rosto, leva-o ao banheiro, tira sua roupa. Despe-se também e banha-o. Enquanto o menino se enxuga, banha-se o homem. Ele é grande e forte, e o negócio tem muito cabelo e não está duro como quando a prima botou na boca. Enrola-se rápido na toalha. Fica observando o homem. Vá deitar, ele diz..
Enquanto se veste, ouve a mãe reclamar porque os dois têm de ir, e eles falam que têm de ir. Ouve o ruído do carro afastando-se, o ruído da mãe fechando portas, apagando luzes e indo para o quarto. Ele caminha e estaca em frente ao quarto dela. Ela percebe-o e, deitando-se, manda-o ir dormir. Ele não se movimenta. Fecha essa porta!, ela grita e levanta-se, batendo-a com brusquidão. Ele baixa os olhos. Pouco depois, encosta na fechadura o rosto intumescido, mirando por entre ela. Silencioso, pressiona o corpo contra a porta.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Na Janela do Olhar
Coquetel de abertura da mostra dos trabalhos plásticos do Artista Pedro Caetano
no dia 19/04/2012 às 20h.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Lixo Extraordinário
SINOPSE:
O documentário mostra o contato do artista plástico Vik Muniz com os catadores de material reciclável do Aterro do Jardim Gramacho, maior da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. A partir da experiência, surge um novo combustível criativo para Vik e, como contrapartida, os catadores diminuem sua distância com a arte e conseguem condições melhores de vida.
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Karen Harley, João Jardim, Lucy Walker
Produção: Hank Levine, Angus Aynsley
Fotografia: Duda Miranda
Trilha Sonora: Moby, O Grivo
Duração: 90 min.
Ano: 2010
País: Brasil, Reino Unido
Gênero: Documentário
Cor: Colorido
Distribuidora: Downtown Filmes
Estúdio: O2 Filmes
Classificação: Livre
Maracatu Baque Alagoano - Tambores de Aleluia
Para
o Maracatu Baque Alagoano, a Semana Santa é vivida de uma maneira especial. Em
2009, Júlio César – sócio fundador do grupo – idealizou o projeto Tambores de
Aleluia, que além de resgatar uma tradição, oferece oportunidade de diversão e
cultura às crianças da comunidade da favela do Jaraguá.
O
público alvo são cerca de 40 crianças entre seis e doze anos, que além da
apresentação do Baque Alagoano e de grupos convidados, também participam de
diversas atividades lúdico-educativas, juntamente com os integrantes do
Baque.
Levamos diversas brincadeiras como: corda, pula-pula, corrida de saco, além de pipoqueiro, algodão doce, lanches, doação de brinquedos, doação de livros, leitura de histórias, entre outras atividades.
Levamos diversas brincadeiras como: corda, pula-pula, corrida de saco, além de pipoqueiro, algodão doce, lanches, doação de brinquedos, doação de livros, leitura de histórias, entre outras atividades.
O
evento Tambores de Aleluia também existe em outros estados do Brasil, em
especial no Maranhão, onde essa tradição é centenária. De acordo com essa
tradição, os tambores silenciam na Quinta-feira Santa e na Sexta-feira da
Paixão, em respeito ao calendário cristão católico, já no Sábado de Aleluia, os
grupos se encontram e realizam apresentações, voltando a tocar em seus
tambores.
Esse
projeto tem o objetivo principal de afastar as crianças da marginalidade e de
desenvolver com elas uma atividade sócio-cultural. Mesmo sendo uma ação pontual,
o grupo tem a certeza do benefício futuro daqueles que participam desse evento.
Todos estão convidados a participar dessa atividade, inclusive o grupo está
recebendo doações, que pode ser de brinquedos, livros, entre outros e também
pode ser doações em dinheiro.
PROGRAMAÇÃO:
Início
do Evento – 14:00 Horas
Brincadeiras,
distribuição de pipoca, algodão doce, picolé – das 14:00 às
15:30
Confecção
do Judas – das 15:30 às 15:50
Apresentação
dos Meninos da Vila – 16:00 horas
Apresentação
do Maracatu Baque Alagoano – 16:30 horas
Lanche
e distribuição de presentes – 17:00 horas
Malhação
do Judas e Encerramento – 17:30 horas
SERVIÇO:
TAMBORES
DE ALELUIA
ONDE:
PRAÇA DOIS LEÕES – JARAGUÁ (EM FRENTE AO MUSEU DA IMAGEM E DO SOM)
QUANDO:
DIA 07/04
HORÁRIO:
A PARTIR DAS 14:00 HORAS
CONTATOS: Marcelo
Melo (82) 9114-2914; Rose Mendonça (82) 9334-6740; Carminha Medeiros (82)
9938-0022. E-MAIL: baquealagoano@gmail.com
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