CONTANDO SOLIDÕES
A poesia de Adalberto Raimundo, em seu primeiro livro “Contando Solidões”, nos faz viajar ao mundo de sonhos que brotam dos seus versos; versos que caminham soltos, livres, enchendo de emoções a nossa alma. E são justamente os sonhos que nos livram das cruezas da realidade.
Numa forma peculiar de externar seus sentimentos, Adalberto exibe uma mistura de paixão, ciúme e ternura, que nos transporta ao enlevo, enveredando, ao mesmo tempo, por uma realidade que se revela sofrida, cruel, cheia de desencantos, tal é a versatilidade da sua inspiração.O exemplo disso vê-se nesses versos:
“Minha vida sangra meus desejos
Tristes desejos
Que trazem pensamentos profundos
Tão imensamente profundos
Que impedem lágrimas
E limitam meu mundo.”
Sua poesia como se vê, caminha solta, revelando o pensamento que voa livre, envolto em significativa beleza de expressão, concatenando imagens mergulhadas num turbilhão de emoções.
Em “Contando Solidões”, temos a revelação de um jovem poeta, que se inspira numa forma muito original de expor sua alma, levando-nos à beleza de imagens plenas de energia e vigor, num jeito muito peculiar de expor seus sentimentos poéticos.
Mais do que meras fantasias, saídas do mundo de devaneios dos apaixonados, “Contando Solidões” é de vital importância para a poesia alagoana, revelando um novo talento, que chega despido de falsos pudores e envolvido em beleza e romantismo, chama vibrante do pensamento criador do jovem poeta. Sua poesia medita a realidade da vida, seus sonhos, decepções e prantos, na incerteza do buscado amor que parece fugir-lhe no momento derradeiro, procurando respostas para os mistérios inexoráveis do desconhecido. Fica aí a pergunta: o que se passará na alma do poeta? De onde brota essa força poética crua, direta, sem preconceito? Vamos ler esse vibrante livro para buscar as respostas. Esperamos que Adalberto Raimundo continue com suas produções elogiáveis e nos brinde, no futuro, com outros trabalhos, cheios da mesma beleza e da mesma espontaneidade deste que nos entrega agora, recheado de excelentes versos, que eu chamaria de “versos desnudos”.
Arlene Miranda
ainda bem que os "versos desnudos" voltaram.
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